segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Prazer em não reconhecer?

Calidez. Era o que eu queria ver em sua aura, em sua boca, pele e olhos. Amar era tão difícil para você e eu teimava em culpar a tendência blasé da sociedade carioca, mas não. ''Essa sua indiferença para com a minha pessoa'' era frustrante como esta última frase. Como um ciclo sem fim, uma rua sem saída, mas também sem fim. “Como se eu fosse Ulisses, mas sem a certeza de que Penélope estivesse a minha espera”. Congratulações. Pelo que? Para quem? Eis a questão. As referências me engoliam, as metáforas se repetiam. Isto valia a uma infinitude de pessoas as quais não queria entender. Desejava a auto-suficiência indesejável, no sentido do impossível.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Amanhã ...

Ser barrado da festa e receber o convite por engano foi algo que me afetou mais do que o normal. Não sabia como agir. Comunicar o erro e formar uma situação embaraçosa e ser convidado sem espontaneidade? Ou fingir que nada havia acontecido e continuar sorrindo de castigo? A minha vontade de pertencer ao que há poucos dias acreditava veemente ser minha praia me impulsionava a falar e informar o equívoco, mas ao mesmo tempo não queria forçar nada e muito menos assistir a uma atitude obrigada sem um pingo de naturalidade. Lágrimas rolavam em meu rosto e não entendia por que eu, logo eu, era a pipoca fora da panela, aquela pipoca que caiu no chão e foi chutada e esquecida atrás do fogão. Era uma tempestade em um cálice, mas doía e isso bastava. Pura estupidez, não responder a algo visando o bem estar do atrapalhado... E eu? E eu? E eu? Sorria e pulava com cara de babaca, não sei mais ser assim, não sei, mas sei.