sexta-feira, 27 de abril de 2012
Um brinde ao fracasso
Ferida Aberta
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Depois daqueles dois dias
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Deixe o ódio entrar fora
Eu me doei tanto que me arrependo da vulnerabilidade ocasionada por esta ação. Morro a cada palavra trocada entre estes que consomem a minha existência focada no amor. Tudo bem, respira, relaxa, estou exagerando. Não morro um centímetro. A ficha cai quando me vejo melhor, num lugar superior. Vivo. Sou Pedro, Just Pedro. Estes que tentam me matar, mesmo sem consciência disso, não podem nem se quisessem de fato. Sou forte, sou da zona norte, não me condene. A questão está simplesmente engendrada numa relação de posse. Roubaram meu brinquedo de amar e me vejo perdido sem ter onde focar a minha produção. Porém esta minha inteligência emocional não absolve o ladrão, é mérito meu! Anos de auto-análise, obrigado Sandra. Desejo ainda cuspir em seu ataúde. Ladrão de vidas, ladrão de almas. Se naquele dia quente que findava o verão não tivesse eu o ignorado em frente à barraca de açaí... O que vai, volta e hoje pago o meu pecado, amar errado, mas me arrependo de ter agido contra mim e a seu favor, tentando assim confortá-lo por simplesmente não ter dado sorte nesta encarnação. Por gentileza, não dê as caras por aqui, deformá-la-ei caso ocorra.
domingo, 15 de abril de 2012
La Usurpadora ou Te Vomitei
Sabe aquela sombra que te persegue onde quer que vá? Sabe aquele peso sentido nas costas quando o mal se aproxima? Pois é. Demorei meses para perceber toda a carga negativa vinda do interior. A energia veio aos poucos querendo engendrar-se como um elemento da infância, mas como tudo que tenta, mesmo que à força, uma legitimação da vida, mais cedo ou mais tarde se revela falso, barato e obscuro. Ela surgiu como um filho bastardo clamando pela acolhida, chorando pelos cantos o descaso sofrido, vitimizando-se por simplesmente ser. Aos poucos e com certa insistência inconveniente acomodou-se mesmo sem ninguém querer, um penetra, que chega à festa e faz de tudo para ser bem quisto e os convidados tomados por um sentimento de vergonha alheia acabam fazendo toda a cerimônia, rindo para não chorar. – Fique querida, você não é uma dos nossos, mas quem sabe possa vir a ser um dia?
Com o tempo tudo no corpo já a identificava como parte dele, uma parasita que uma vez engendrada em nossos corpos, o habita e se apropria mesmo sem ninguém querer. Uma lombriga, habitante da parte mais insalubre do corpo, um ser que se contenta com o resto, com o pior do que temos para oferecer. Mendiga que mesmo estando ali, todos os dias na rua a qual transitamos, passa a ser parte da nossa calçada, de modo que já não nos incomodamos mais. Simplesmente existe e damos atenção por uma prosaica relação forçada.
O fato é que ela fitava-me com freqüência e aos poucos esta, que nomino como energia, convenceu-me. Conseguiu lavar meu cérebro. Conseguiu se achegar. Sou presa fácil com pouca resistência. Por que não dar uma chance ao novo? Por que não abrir-se para o vazio e deixar que o mesmo se preencha com algo que venha mesmo de um lugar que a priori seja ilegítimo. Quem sabe com a minha imensa generosidade ela possa se enquadrar? Engano meu, máximo engano meu. Ela pede a mão, dou-te o braço e mesmo assim a danada sente-se out, filha ingrata, amaldiçoada pela mãe generosa. Desde já.
Chegamos a um ponto. Ela já não se sacia mais com o que dou. Tomou-me de tal maneira que de certo modo duvidei de minha própria personalidade. Será que estava pensando mesmo a partir de minha própria genialidade? Ou simplesmente ela estaria corrompendo-me aos poucos? Não se satisfazia mais em simplesmente me seguir, não queria mais stalkear, queria ser, queria me ser. Fodeu. Queria tudo em mim, do luxo ao podre, queria ser as minhas entranhas, queria ter o meu batimento cardíaco, queria mesmo defecar as minhas fezes. Não queria beber mais a minha urina, queria uriná-la em meu lugar. Queria o trapo o qual vestia nos dias frios, quando a vaidade errava a minha porta. O amor o qual dizia sentir ferozmente por mim era doença. Agora, ela ultrapassa a sensação mundana e emerge em meu espírito.
Quis tanto ser eu que, obviamente, não conseguiu. Virou uma cópia barata. Uma k7 com defeito, repetindo em slow motion a minha ladainha na forma equivocada. E na forma, como ela deveria saber por me estudar tanto, era algo rasteiro, superficial, que não mergulha que não mede o profundo. A única solução para ela naquele momento era nascer de novo, porém eu jamais poderia prever o ataque que se sucedeu de forma tão baixa e amoral. A leguminosa tentou roubar meu coração, tentou usurpar a base do meu sentimento, queria sentir no cerne do meu existir o que sinto. Aproximando-se do ariano tentou ver o que via, tentou amar no meu lugar. Não queria mais a imagem e semelhança, queria ser, na raiz da questão, o que apenas um louco, insano poderia tentar. Tentar o indizível, o impossível.
Hoje peço: - Saia pela porta dos fundos.
sábado, 7 de abril de 2012
colo sem pai
domingo, 1 de abril de 2012
de/para
Ai Ai...
Minha vida também ficou bem melhor sem você. Conheci as melhores pessoas para carregar para o resto de minha vida. Inteligentes, generosas, que me entendem, falam minha linguagem sabe? Incrível como mudei. Irremediável como você jamais entenderá um por cento da minha complexidade e isso já basta para fazer de você inadequada para mim. Ou seja, a partir do momento que desejo você diferente do que és, o encanto se quebra. Mudar o outro vai contra ser feliz. Logo, desisto de novo. De você.
Um beijo sincero, porém sem carga.
Pedro.