segunda-feira, 21 de abril de 2014

eu me acho

A minha maior loucura é ser louco na rua e são comigo mesmo. No íntimo sou o cara mais careta do mundo. Sou o sensor de meus atos a cada segundo de fala louca jogada na cara do mundo. Me odeio enquanto me amam. Amam esse louco que grita e pesa sobre os outros a sua sanidade íntima. Esta, que não é dívida, apenas um vazamento de mim, insano aos gritos no Leblon. Fujo para lá sempre para me encontrar comigo mesmo. Em casa sou tolo, bobo, em busca do nada, lacrado pela culpa cristã em simplesmente ser eu e apenas ser. Fujo em busca de mim mesmo, deste eu, que não me reconheço. Sou deus espiando meus irmãos pecarem. Julgo-os. Julgo-me. Num jogo de quem sabe mais. Estou superado. E tá tão chato. Nada basta, ninguém me basta. Sou maior do que tudo e nada me parece mudar. Tá todo mundo no mesmo ciclo datado e eu em espiral clichê sumo das vistas, sumo das vistas e não chego à lugar nenhum.