domingo, 22 de maio de 2011

Deslcupe, mas sou Dionisíaco...

Naquela manhã eu acordei com a sensação de vazio, mas um vazio esvaziado, uma vazio que um dia já foi cheio, o que muda tudo. Eu estava deitado perfeitamente vestido com as minhas vestes mais bonitas de dormir. A questão era como estava alí. Minha memória carregava a lembrança de dois ou três fatos que ocorreram de fato ou não. Essa sensação era algo novo, algo de que não queria provar novamente. Como arcar com as consequências de erros dos quais nem sei ao certo se cometi? Até hoje essa sensação me afeta e ela me provoca a ter dúvidas sobre coisas óbvias, como as cores do arco-íris. É como se tivesse entrado em um êxtase dionisíaco e ao sair dele 10% desse êxtase tenha se instalado parasitamente em meu ser. O resultado disso é que eu sigo dionisiacamente nesse mundo tão apolíneo e sóbreo e me sinto estranho, animal e destoante sem ser. Sou diverso dentro da diversidade e isso não é ser diferente. As pessoas podem não entender e o meu grau de maturidade ainda não atingiu a plenitude de entende-las também. Respeito seria importante, mas também é um caminho chato e que meus dezenove anos me permitem fugir, por ora. NÃO! Me entregar nessa zona confortável seria ser fraco, seria ser pobre! Isso é pior ainda. Mesmo que eu saia nas pontas dos pés, me desligando igual a um rádio não mudaria o fato de que a tomada está pronta para re-ligar. Minha vida é esperar, esperar por algo que eu procuro. E se ela chegasse quando eu saisse para procura-la? Não dá mais para ser assim, não dá, mas sou.

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