segunda-feira, 8 de abril de 2013

a mais

Hoje eu acordei em preto e branco. Ouvi sete músicas e nada esvazia a melancolia que arrefece o meu peito. Trago-a como uma velha guimba largada num antigo cinzeiro de pedra de uma casa de praia.
Eu não combino com aqui. Cidade grande e praiana maquiada pela óbvia e equivocada associação entre o sol e felicidade. Eu não consigo imaginar dia mais angustiante do que aquele em que o sol frita nossos corpos enquanto o povo o brinda mediocre e felizmente.
Não tenho conseguido mais fugir. Já esgotaram-se os meios e o derradeiro desfecho se anuncia. Encarar a mim mesmo. Nú. Repetitivo. Como eu sei que sou e só sei. Eu sei.
Respiro raso, ponho aquela british indie rock band e finjo que ainda há uma porta a ser aberta. Fecho os olhos num último apelo a mim mesmo. Em vão.

Assumirei os erros a mais. Prometo.

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