domingo, 30 de março de 2014

dor

acordei onze e poucos. segunda-feira sem planos. apenas a certeza de que nada havia a ser feito. vinte e dois anos e a realidade em ter dado errado. se aos treze me visse assim, no futuro, consideraria uma piada de mau gosto. jamais serei um fracasso, diria no auge de minha inocência mundana. triste fim do ator da vida, futuro opaco para o ator do mundo. um mar de possiblidades e um deserto de obstáculos. perdido e cansado. entrei numa. entrei nessa. me vejo esteticamente foda. só eu me vejo. então bebo. entorno a bagaceira no café puro. Fuga antiga, vovô me treinou. estou entre a vida poética na dor da fome e a vida faminta na dor dos sonhos. sou eu sozinho pulando um carnaval em agosto. solidão para sempre. dor que não acaba. Nunca.

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