sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um brinde ao fracasso

Viva a dor. Aproveite cada seqüela da mesma, pois só assim você terá feito algo de bom, mesmo no erro. Olhe para si com os seus olhos da infância e veja de verdade quem é você, sem amarras. Jogue-se no novo, deixe o vazio preencher-se com o que há em nossa volta. Às vezes o conhecimento nos amarra. Na guerra, por exemplo, a ignorância do soldado raso o coloca na situação limite, na mesma que o coronel, mas por qual razão, este ignorante soldado vive, prossegue na guerra, e o experiente coronel não? Ele tem a confiança daquele que não sabe ao certo onde pode ir, não sabe os limites do próprio corpo e de todas as possibilidades externas, ao contrario do coronel. Essa inconseqüência faz com que o soldado deixe este mesmo vazio se preencher, deixa a pureza das ações acontecerem sem nenhuma significação anterior. A inconseqüência do herói grego é a alma do negócio. Porém deixar de aprender é suicídio, crime inafiançável. Contar com a sorte não é nada inteligente. A solução está no eterno reencontro consigo mesmo. Não esqueça quem és. Não perca o centro de sua personalidade. Viva. Deixe a dor percorrer com a mesma intensidade da felicidade e somente desta forma conseguiremos chegar. Aonde?  

3 comentários:

  1. Eu te daria um beijo na bochecha agora. Você é o meu precioso livro de cabeceira. Obg, si por compartilhar!

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  2. só pra te provocar pedro: o que seria felicidade pra vc? será que felicidade existe? ou é um desejo que sempre percorremos para nos aliviarmos que um dia a dor passa? Não conseguimos viver sem fantasias né...

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  3. Acredito na felicidade como um estado, físico ou emocional, efêmero. Existem momentos que nos transportam para este local. A nossa ilusão consiste na busca desse estado constante, o que é mesmo cientificamente impossível, desde as oscilações hormonais do nosso corpo ou até os acontecimentos cotidianos que afetam a nossa psique.

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